sexta-feira, 17 de junho de 2011

Fraude em Corridas

O ser humano é mesmo muito estranho. Em busca da fama fácil, é capaz de coisas inimagináveis também no esporte. Existem muitas histórias de fraudes entre os corredores que, na ânsia de alcançar bons tempos ou colocações, extrapolam todos os limites da ética. Vamos aos fatos.
Até a década de 90, os organizadores da maratona de Nova Iorque supunham que os participantes que chegavam ao final tivessem realmente percorrido os 42km. Infelizmente, não era verdade. Alguns espertinhos tomavam o metrô e “cortavam caminho” somente para concorrer à premiação por faixas etárias. Há diversos relatos de corredores que fazem isso em muitas outras provas de corrida de rua. Se você duvida, leia a história do corredor Martin Franklin (pelo que entendi do artigo, em inglês, esse corredor Martin Franklin é uma fraude total, tenta chegar entre os corredores de elite fazendo todo tipo de trapaça, até usar o metrô, coisa de doido. Ele tem, numa maratona um pace de 2:18, do começo ao fim, quem consegue isso? Termina as provas sem suor nenhum, e muitas pessoas viram ele fazendo várias trapaças para fraudar as provas. O artigo pede para expulsá-lo das provas que tente participar)
Recentemente, um amigo corredor dos bons (Com mais de 70 anos, Marcello costuma fazer as provas de 10km em cerca de 45minutos!) enviou por e-mail as fotos de seus “adversários” numa prova que aconteceu em maio passado. Teoricamente, ele teria sido o quarto colocado na categoria 70 a 75 anos. O segundo e o terceiro colocados não aparentavam nem 50 anos. A denúncia foi feita e o caso está sendo analisado pelas autoridades.
O que realmente não consigo entender é o que leva uma pessoa a ‘roubar’ numa corrida? O que ela ganha com isso? Essas provas, em geral, não pagam prêmios em em dinheiro, no máximo uma medalha ou um troféu. Qual o valor, para um trapaceiro, de um troféu obtido dessa forma?
O desafio maior de praticantes amadores que disputam provas, em geral, é a superação pessoal. A colocação é o que menos importa, já que o maior prêmio, quase sempre, é cruzar a linha de chegada.
P.S. – Existem casos em que um participante corre com o nome do outro não por má fé, mas porque herdou a inscrição de um colega. Isso ocorre com certa frequência e é claro que não é a esse tipo de caso que me refiro acima. Em situações como essa, recomendo a quem vai disputar a prova que solicite, junto à organização, a mudança do nome. Dessa forma, evita contestações.
Por Renato Dutra

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