Coloquei no Google “corrida de rua”. Encontrei mais de 1.600.000 resultados. É mais que um simples dado para provar que a corrida de rua definitivamente “pegou” no Brasil. Entre outros fatos que denunciam seu crescimento estão a presença do ultramaratonista americano Dean Karnazes na semana passado em São Paulo e mais uma edição, a quarta, da Running Show, na Bienal do Ibirapuera, feira dedicada ao esporte e que deve receber, entre os dias 24 e 27 deste mês, mais de 25.000 pessoas.
Karnazes gira o mundo para promover as provas longas. Em São Paulo correu por 24 horas seguidas por vários pontos turísticos. Mereceu uma grande reportagem exibida no domingo no Fantástico. Ele também lançou seu segundo livro, 50 Maratonas em 50 Dias, pela editora Leblon, em que conta a experiência em correr 50 maratonas em 50 estados americanos durante 50 dias.
Início - Quando comecei a correr em 1988, os praticantes do esporte eram vistos como uma espécie de loucos, como se correr fosse uma “seita”. Naquela época, havia apenas uma revista especializada no assunto. Hoje as publicações de multiplicaram, tanto em revistas quanto em sites.
Com o aumento do número de praticantes, há quem diga que a corrida já está entre os esportes preferidos no Brasil, perdendo apenas para o futebol e o vôlei. Ganhou tamanha importância que a TV também passou a cuidar do assunto. Há dois programas em canais por assinatura que semanalmente falam sobre o esporte.
E um dos maiores indicadores do crescimento é o número de provas por todos o país. Elas se multiplicam e sempre estão lotadas, com algumas limitando o número de participantes, tamanha a procura. Vejo cada vez mais corredores, nos parques, praças, e nas estradas. O que me parece é que, além de ser uma opção de atividade física, a corrida se tornou um estilo de vida.
Por Renato Dutra
Renato Dutra é colunista da Revista Veja onde tem um blog sobre corridas.
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