Às 6h da manhã, o mecânico Adão Miranda da Silva, de 40 anos, encerra o expediente no setor de manutenção da Natura. Enquanto seus colegas se despedem, doidos para alcançar seus travesseiros após o turno da madrugada, Adão dá início a outra maratona. Uma vez por semana, percorre a pé os 54 quilômetros entre a sede da empresa, em Cajamar, e sua casa, no Jardim Vaz de Lima, na zona sul de São Paulo. Antes de pegar a estrada, ele alonga o corpo com cuidado e se prepara para quase cinco horas de corrida. Pelo aspecto desgastado do par de tênis, dá para desconfiar que, agora, só o bom-humor amortece o impacto e protege suas articulações. E assim, no quilômetro 30 da Rodovia Anhanguera, é dada a largada.
O dia mal clareou e Adão parte num trote cadenciado, a dez quilômetros por hora, pelo acostamento. Em alguns trechos, é o único viajante na estrada vazia. Como seu motor são as próprias pernas, a passagem pela praça de pedágio é gratuita. Vez ou outra, um caminhão lhe tira uma “fina”. Motoristas buzinam, por susto ou saudação, lançando fumaça sobre ele. “Tem uns que xingam”, diz. “Outros querem saber se faltou dinheiro para a condução e oferecem carona.” Que nada. É por opção que Adão deixa o carro na garagem e dispensa o fretado da firma. Ele prefere correr
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