Especialistas dão dicas para atletas amadores da São Silvestre
THIAGO BRAGA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
No próximo sábado, 31, último dia de 2011, cerca de 25 mil pessoas vão
correr pelas ruas de São Paulo. Alguns, como Marílson Gomes do Santos,
buscando o tetracampeonato da São Silvestre, mais tradicional prova de
rua do país, mas a imensa maioria estará correndo por outros motivos:
ter os seus minutos de fama e aparecer na TV, provar para si mesmo que
são capazes de terminarem os 15 quilômetros da prova ou simplesmente se
divertir.
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Para ajudar esses 24.843 atletas amadores, de acordo com a organização, a Folha reuniu quem mais entende de corridas, os corredores profissionais, e listou uma série de dicas para que todos saiam contentes ao fim da corrida.
Ricardo Nogueira - 29.dez.11/Folhapress | ||
Martin Lel e Marilson Gomes do Santos durante entrevista coletiva em hotel em São Paulo |
Lel mostrou-se preocupado com a chegada da prova, agora no Obelisco do Ibirapuera, após mais de dois quilômetros de descida na avenida Brigadeiro Luis Antônio.
"É um desafio para mim. A maioria das provas termina na subida, ou então em uma rua plana. Os outros corredores têm que ajustar o seu ritmo para poder terminar bem também", resumiu. O etíope Tariku Bekele seguiu na mesma linha de Lel nas dicas. Mas avançou na questão.
"A ideia é começar de maneira lenta. Aí, depois da metade da prova, acelerar", afirmou. Bekele fugiu da mesmice ao falar sobre o seu cardápio no dia da prova. Além de muito carboidrato, ele revelou uma preferência peculiar. "Adoro comer cereal de milho no café da manhã", declarou, aos risos, para depois completar. "É muito importante fazer um aquecimento adequado antes da corrida", falou o etíope, que se prepara para as provas Indoor em 2012, sua especialidade.
Tricampeão da prova, o brasileiro Marílson diz que o importante é não se deixar levar pela euforia da prova.
"Acima de tudo é preciso respeitar o seu ritmo, sua forma de correr. Não pode se empolgar com a festa, especialmente no início da prova, que é muito mais fácil do que a parte final", aconselhou.
Campeã da São Silvestre em 2011, Maria Zeferina Baldaia prefere exaltar a alimentação no dia da prova.
"A alimentação é fundamental. No dia, eu como muito carboidrato. Macarrão, arroz, feijão, purê de batata, frango. E evitar gordura a qualquer custo. E tão importante quanto é a hidratação. E essa hidratação é durante toda a semana, porque na hora da prova você não consegue beber água ou isotônico, só é possível molhar a boca e continuar correndo", relembra.
O professor de educação física e técnico duas vezes campeão da São Silvestre --em 1980 e 1985, ambas vencidas por José João da Silva--, Carlos Ventura, lembra que é importante controlar a ansiedade, se desligar da prova nos dias que a antecedem, pensar em outras coisas.
"E é importante não usar tênis novos de maneira alguma. Dê preferência aos mais velhos. Se der, passe um pouco de vaselina entre os dedos dos pés, nas axilas. Leve uma bandana ou boné e use protetor solar", finalizou.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
Percurso da São Silvestre em 2011 |
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