domingo, 9 de outubro de 2011

Cai o recorde da Maratona de Chicago
O queniano Moses Mosop quebrou hoje o recorde da maratona de Chicago, ganhando bônus de US$ 50 mil além do prêmio de US$ 100 mil pela vitória. Ele concluiu em 2h05min37, quatro segundos abaixo da marca estabelecida pelo seu compatriota Sammy Wanjiru há dois anos. Wanjiru, como você sabe, morreu neste ano em uma queda da varanda do apartamento onde morava, no Quênia.
O brasileiro Marílson Gomes dos Santos, que pretendia obter hoje o índice para a maratona olímpica em Londres-2012, parou no km 33. Ele começou a se sentir mal, tendo ânsia de vômito, no km 26; seu ritmo foi caindo, o que acabou fazendo com que desistisse da prova.
Adauto Domingues, técnico de Marílson, disse que estão tentando descobrir o que provocou o mal-estar do atleta. Uma hipótese é o fato de, por causa do clima, a bebida isotônica deixada nas mesas de hidratação ter ficado morna... A largada da prova foi com temperatura em torno de 13/14 graus, depois foi aumentando, sol aberto, mas não chegou a ficar quente nos padrões brasileiros.
Agora Marílson e seu técnico vão analisar a situação para decidir onde o maratonista deve ir buscar o índice. Uma hipótese é Roterdã.
Outra brasileira que sonhava com o índice olímpico era Cruz Nonata da Silva, 37, que fez hoje sua estréia em maratonas. Não conseguiu correr abaixo de 2h30min07, mas correu bem para uma debutante, completando em 2h35min35. Ela agora vai para o México, onde se integra à delegação brasileira que vai participar das competições de atletismo do Pan de Guadalajara. Cruz corre no Pan os 5.000 m e os 10.000 m.
Em Chicago, a vencedora no feminino foi a russa Liliya Shobukhova, que se tornou a primeira pessoa a vencer aquela prova três vezes seguidas. Ela completou em 2h18min20, uma vantagem de quase quatro minutos sobre a segunda colocada, a debutante Ejegayehu Dibaba, da Etiópia.
A transmissão da TV norte-americana NBC, via internet, foi muito boa. Mostra como os caras investiram na cobertura: na Redação, havia três jornalistas comandando o espetáculo e um convidado especial; vários repórteres no percurso, mostrando o público, fazendo entrevistas com apoiadores e gente que estava lá festejando o evento. Comentaristas especializados, com destaque para o luxo de ter a ex-recordista mundial Joan Benoit Samuelson, vencedora da primeira maratona olímpica feminina, e até entradas da moça do tempo para atualizar os dados sobre temperatura e umidade. Teve, até a hora em que escrevo este texto, mais de 173 mil visitantes ao longo da transmissão.
Escrito por Rodolfo Lucena às 13h00

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